Vi o post no blog do colega Zé de Melro, achei interessante e resolvi investigar.Refiro-me a um livro apresentado a semana passada em Badajoz e que vem aproximar culturalmente as cidades vizinhas de Elvas e Badajoz numa realidade que a ambas lhes é comum : a guerra.
Escrito pelo cronista oliventino Luis Alfonso Limpo, chama-se "Badajoz y Elvas en 1811 - Crónicas de guerra" e conta, através da troca de cartas de amor entre um magistrado alentejano de Arronches Francisco Xavier de Rego e a sua amada Maria Luisa de Valleré que residia em Lisboa, os acontecimentos históricos da raia no período entre 9 de Janeiro e 17 de Junho de 1811.
Fiquei curioso e pretendo lê-lo. Acredito que seja um documento importante sobre a Guerra da Independência que assolou os dois países ibéricos, bem como as consequências que a mesma trouxe para os habitantes da raia, quer alentejanos como extremenhos.
Enquanto não há vontade política para que se crie a Eurocidade, está dado mais um passo para reforçar os laços entre as duas cidades.
São Mais Dualidades!!!
NP
3 comentários:
Muito obrigado pela menção. Luis Alfonso Limpo é um intelectual Oliventino formado em jornalismo em Barcelona, Director da Biblioteca local e ex-Director do Museu Etnográfico.
Tem uma vasta bibliografia publicada:
ver aqui:
http://www.camertola.pt/lhf/34.pdf
O livro "LIMPO PÍRIZ, Luis Alfonso (2005) Olivenza: las razones de España. Badajoz:
Universitas Editorial." é o que mais marca a sua obra do ponto de vista ideológico.
Este livro assenta em 3 eixos:
1- O Tratado de Viena não revoga o Tratado de Badajoz(Potugal foi vergado pela força de Espanha);
2 - Portugal devia ter defendido Olivença pela força "não gastou um cartucho";
3 - A origens de Olivença é com a conquista aos Mouros pelos Templários castelhanos espanhola.
Luis Alfonso Limpo é portanto uma ideólogo da Espanha, que viu a sua obra recompensada com o título de "Cronista Oficial de Olivenza.
Luis Alfonso Limpo é portanto um anti-Carlos Luna, defensor da Portugalidade de Olivença.
É um grande amigo de Elvas onde se desloca com frequência a almoçar com a sua Família e estive com ele a última vez no concerto de Sérgio Godinho no Transfronteiriço, concerto que esperou 35 minutos pela chegada do Presidente da Câmara.
Esqueci-me de referir que escreve que o Tratado de Alcañices que incorporou Camopo Maior e Olivença na Coroa Portuguesa, foi imposto pelo "listillo de Portugal" D. Dinis a uma "enfraquecida Castela".
Pelo Tratado, que não foi mais que um acerto de fronteiras, Portugal cedeu territórios também a Castela.
Interessante.
NP, aguardo o teu comentário.
Jinhos,
MS
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