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quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Presidenciais 2011

Com as festas de final do ano e a revista de 2010, ainda não dedicamos uma palavra às eleições Presidenciais que terão lugar já no próximo Domingo.

A verdade é que, o interesse manifestado pelo Dualidades, pode ser extrapolado à dimensão nacional, e apesar dos noticiários nos bombardearem com o diário de campanha, digamos que ninguém está muito interessado em saber quem será o próximo Presidente da República.

Mais do que nunca, o afastamento entre os eleitores e a classe política manifesta-se, talvez porque em causa está um cargo por muitos identificado como "sem sentido". Cabendo ao Governo a função de gerir o país, bem ou mal é discutível, a figura do árbitro moderador parece-nos cada vez mais simbólica e despesista. Segundo dados recentemente revelados, a Presidência da República e todos os custos a ela inerentes pesa mais no orçamento português que a Casa Real espanhola nas contas de Zapatero.

A Campanha começou cedo para alguns candidatos. Recordo-me por exemplo que, no final de Setembro, em plena Feira de São Mateus, Manuel Alegre passou por Elvas rodeado pela sua comitiva, de bandeiras ao ombro.

À data, Cavaco Silva ainda fazia tabu sobre a sua recandidatura, saindo à rua bastantes semanas depois, mas fazendo questão de calcorrear o país. Mas, contrariamente a campanhas anteriores em que Elvas foi totalmente votada ao esquecimento, desta feita também Cavaco Silva quis passar pela cidade raiana, tendo percorrido a pé as principais artérias. Andamos importantes!!!!

Como já vem sendo hábito, ideias e soluções para o país não tem feito parte do discurso dos candidatos que preferem descobrir-se "as carecas" e mostrar a todos os portugueses que, ao longo dos anos, a sua maior preocupação tem sido o seu próprio bolso.

Ficamos a saber que Manuel Alegre facturou no âmbito de uma campanha publicitária, apesar de estar impedido de o fazer pela sua condição de deputado, ou que Cavaco Silva recebeu informações privilegiadas em negócios de vendas de acções que lhe granjearam, a ele e seus familiares, lucros consideráveis.

A campanha só não tem sido do mais aborrecido que se conhece, porque existe um candidato madeirense de nome José Manuel Coelho que tem agitado as hostes e posto o dedo nas feridas, para incómodo dos mais sisudos. Temos pena...vivemos num país democrático e cada um é livre para se expressar como entender. E quem não quer ser lobo não lhe veste a pele. O último episódio foi protagonizado pelo actual Presidente da República. Num destes dias lamentava o Senhor em público a parca reforma da sua esposa. Claro que o candidato Coelho já veio "meter-lhe os pintos na barraca" e recordar a todos os portugueses que, em alternativa, aos menos de oitocentos euros de reforma da actual primeira dama, Cavaco Silva recebe um ordenado e três reformas, o que se revela escandaloso perante a catastrófica situação de tantos cidadãos que, depois de décadas de trabalho se vêm limitados a 250 euros mensais.

A poucos dias de exercer o meu direito de voto, ainda não tenho uma decisão tomada sobre o que vou fazer. Não tenho preferência por nenhum candidato e também não me apetece contribuir activamente para garantir mais um tacho, no entanto, não sou apologista da abstenção...alguém me dá uma ajuda?

São Mais Dualidades!!!
NP

4 comentários:

Elvascidade disse...

"...a Presidência da República e todos os custos a ela inerentes pesa mais no orçamento português que a Casa Real espanhola nas contas de Zapatero."
Sinceramente nem sei se irei votar.

Dualidades JP disse...

Eu voto Coelho.

Mimi disse...

Desta vez não vou votar. Estou farta desses filhos da P%&$&&%/&%" todos !

Beijinhos,

Anónimo disse...

Coelho ao poleiro!!!