Aproxima-se o Natal...

O regresso da Popota aos vários canais dissipa as nossas dúvidas : o Natal está à porta.

Comercialmente cada vez chega mais cedo, e nem a crise parece intimidar os consumidores portugueses. Estima-se que cada um deva gastar cerca de 575 euros nesta quadra e mais uma vez questiono a referida fonte porque não tenciono despender a totalidade da minha parcela.

Este ano considero o spot da Popota menos apelativo do que no anterior, apesar de ser sempre uma referencia dentro do género. Se tivesse que premiar a originalidade, este ano escolheria o de outra insígnia retalhista que tem dado cartas não só em publicidade como em vendas.

Refiro-me ao Pingo Doce. Aquela malta não brinca em serviço. Pegando no refrão que pôs Portugal a cantar há um ano, recriam as tão características festais de Natal das escolas, num resultado final que me parece muito bem conseguido.

Os shoppings vestem-se de vistosas decorações, apesar da politica ser de contenção. Há que embelezar o produto para conseguir que o comprador meta a mão ao bolso, talvez mais ao cartão de crédito, e dispenda alguns euros, salvando os resultados do ano.

As cidades também já anunciaram alguns cortes nas decorações natalícias, pelo que se perspectiva um menor esplendor para o Natal de 2010. Lisboa, por exemplo, não vai ter direito à maior árvore de Natal patrocinada pelo Millennium BCP.

Por Elvas, a iluminação natalícia já estava adjudicada quando se acentuou a gravidade das medidas de austeridade, pelo que não se esperam grandes diferenças em relação a anos anteriores. E saúda-se a medida. O comércio tradicional precisa de aliciantes que chamem visitantes ao centro histórico para que possam incrementar a facturação e garantir a continuidade dos seus negócios e consequentemente os postos de trabalho que dele dependem. A seu tempo, e como já vem sendo hábito no nosso Dualidades, tenciono partilhar convosco algumas imagens da iluminação elvense.

Acho que a ideia da maioria de nós, para esta quadra, é evitar gastar e procurar poupar, para outros infelizmente o dinheiro não vai mesmo dar para extravagâncias.

Particularmente não me vejo lesado pela necessidade de fazer algumas contas e gastar menos em presentes. Talvez desta forma a essência do Natal assuma o lugar de destaque que lhe corresponde.

É importante que se valorize o que tem de facto valor : a reunião da família, a graça de existir saúde, de todos estarem juntos naquele momento. Alguns de nós poderemos também celebrar o facto de termos trabalho e outros farão votos de que a situação melhore nos próximos 365 dias.

Nas pequenas coisas estão os grandes momentos…

São Mais Dualidades!!!
NP