Jogo da Roda

Ontem os noticiários dedicaram particular atenção ao jogo da Roda!
Acredito que a grande maioria já tenha ouvido falar.

A mim tinha-me comentado a amiga AP numa noite de tertúlia no Tea & Wine e lembro-me que logo causou polémica e diferentes pontos de vista, com especial destaque para as teorias do amigo Carlos.

A AP sabe estas coisas todas, é o que dá viver na capital, está-se perto da informação!!!

Acredito que o referido jogo tenha tomado maiores dimensões em virtude do desespero económico em que se encontram muitos portugueses, tema batido e rebatido diariamente aqui no Dualidades.

Particularmente não me seduz, mas também não sirvo como grande exemplo porque o risco financeiro faz-me sempre pensar, não duas, mas três vezes.

Fazer parte de um círculo ao qual se acede mediante o investimento de 100 euros, ir evoluindo nessa pirâmide com a entrada de novos investidores e poder ganhar 8.000 euros, dá que pensar!!!

Numa altura em que ninguém dá nada a ninguém, e que pela lógica, há pessoas a mais e dinheiro a menos…não percebo como ainda haja quem arrisque as suas economias…podendo ficar sem elas.

Parece que o segredo é entrar na roda e conseguir atrair, entre os amigos e familiares, um número de novos investidores que permita a natural evolução e a passagem a novos escalões até atingir o centro da roda.

Simples, não acham?

Aparentemente parece legal, sempre e quando os investidores tiverem consciência de que o retorno só acontecerá desde que se reúnam o número de investidores necessários para “rebentar” a roda e fazê-los chegar ao centro. Em posse desta informação só arrisca quem quer, sujeitando-se a não obter o lucro ambicionado…

Por outro lado incorre-se em fraude fiscal, ao fim e ao cabo são rendimentos não declarados e o fisco é como Deus Nosso Senhor, está em toda a parte.

O esquema é similar a outros já experimentados, tais como o da Banqueira do Povo na década de 80, e no fim de todos eles encontramos sempre os lesados...que, por enquanto, ainda não deram à costa, mas tendo em conta que o número de potenciais investidores não é infinito, palpita-me que mais dia menos dia começam a aparecer.

Não censuro quem o faça, mas cá a mim não me convencem. Valorizo muito o meu dinheiro para ousar desperdiçá-lo…

Jogo por jogo prefiro o da vida, propriamente dito. Parece-me suficientemente aliciante!!!

São Dualidades!!!

NP